O halving do Bitcoin é o evento em que a recompensa de bloco atribuída aos mineiros é reduzida para metade sempre que são minerados 210 000 blocos. Este mecanismo, programado de origem por Satoshi Nakamoto, serve para controlar o ritmo de crescimento da oferta de Bitcoin, impondo um limite máximo de 21 milhões de moedas. O último halving ocorreu em abril de 2024, reduzindo a recompensa de 6,25 BTC para 3,125 BTC. O próximo está previsto para cerca de 2028.
O halving diminui o volume de novos BTC que entram no mercado, reduzindo de forma significativa a oferta disponível. Se a procura se mantiver estável ou aumentar, o consequente choque de oferta geralmente impulsiona os preços no curto prazo. Em paralelo, os mineiros passam a enfrentar margens de lucro mais reduzidas após o halving. Se a valorização do preço não compensar o acréscimo de custos, operações menos eficientes poderão ser forçadas a abandonar o mercado, agravando ainda mais a escassez de liquidez.
A seguir a cada halving, o Bitcoin tem geralmente seguido um ciclo de “valorização—correção—aceleração” dos preços. Após os halvings de 2012, 2016 e 2020, o BTC atingiu novos máximos históricos entre um e dois anos depois de cada evento. Segundo os analistas, se a tendência histórica se mantiver, o BTC poderá atingir a faixa dos 120 000–150 000 USD até ao final de 2025, podendo até desafiar os 200 000 USD caso se mantenham as atuais tendências macroeconómicas.
Em julho de 2025, a Trump Media & Technology Group anunciou a compra de $2 mil milhões em Bitcoin—um investimento que reflete a confiança de longo prazo das grandes instituições na criptomoeda e que poderá redefinir as expectativas tradicionais em torno dos ciclos de mercado. A interação entre as tendências políticas e regulatórias atuais aumenta a incerteza sobre o panorama pós-halving.
Gráfico: https://www.gate.com/trade/BTC_USDT
Na data de publicação, o BTC é negociado a $118 725, com um intervalo intradiário entre $117 428 e $119 210. O mercado encontra-se numa fase de consolidação de curto prazo. Os investidores institucionais mantêm-se ativos, enquanto o sentimento do investidor de retalho continua prudente. Tanto a análise técnica como os indicadores on-chain apontam ainda para potencial de valorização.
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