A adoção de moeda estável na Europa está em ascensão, mas ainda é difícil abalar a dominação do dólar.
Apesar de o volume de transações de moeda estável da União Europeia aumentar de 16% em 2024 para 34% em 2025, 99,8% das transações ainda são dominadas por moeda estável em dólares. Alexander Hoeptner, CEO da emissora de moeda estável em euros AllUnity da Alemanha, alertou que isso pode enfraquecer a posição do euro nas finanças digitais.
Para enfrentar esse desafio, a União Europeia lançou o quadro regulatório MiCA em dezembro de 2024, com o objetivo de promover o desenvolvimento da moeda estável euro, visando estabelecer regras unificadas de capital, resgate e transparência. No entanto, mesmo assim, a quota de mercado da moeda estável euro permanece abaixo de 0,2%. Hoeptner da AllUnity afirmou que a Europa precisa de mais incentivos para impulsionar a adoção da #moeda estável euro.
Do ponto de vista mais profundo, esta questão revela na verdade a vantagem estrutural do dólar no sistema financeiro global. Devido à liquidez do dólar, ao seu uso generalizado e à sua posição dominante a longo prazo, ele se torna naturalmente a moeda preferida para moedas estáveis. Embora a Europa tenha um sistema monetário forte e um quadro regulatório unificado, a falta de uma política monetária única resulta na insuficiência da competitividade das moedas estáveis em euros.
Para enfrentar essa situação, por um lado, o Banco Central Europeu está avançando ativamente com o projeto do euro digital, com previsão de lançamento em 2026; por outro lado, está a incentivar o setor privado a emitir moedas estáveis em euro que suportem contratos inteligentes e funcionalidades DeFi. Hoeptner aponta que essas duas formas de moeda digital podem ter um efeito complementar, melhorando conjuntamente a soberania financeira digital da Europa.
No entanto, as instituições financeiras tradicionais têm uma atitude conservadora em relação à inovação das moedas estáveis, o que pode retardar o ritmo da mudança. Embora bancos como o Banco de Comércio Exterior da França tenham começado a experimentar com moeda estável em euros, o progresso geral tem sido lento. Hoeptner advertiu que, se o setor financeiro tradicional não se adaptar proativamente a essa mudança, a Europa pode acabar dependendo completamente de soluções externas no campo das finanças digitais.
Olhando para o futuro, a Europa pretende promover a adoção abrangente da moeda estável euro, mas primeiro deve garantir a fluida interligação entre o quadro regulatório MiCA e a regulação financeira tradicional, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento colaborativo do euro digital e das moedas estáveis do setor privado, com o objetivo de estabelecer uma sólida parceria público-privada.
Se essas medidas podem efetivamente reduzir a dependência da Europa em relação ao dólar, dependerá da força da execução das políticas e do nível de aceitação do mercado. No atual ambiente geopolítico, esse desafio não diz respeito apenas a interesses econômicos, mas também envolve questões centrais sobre a soberania monetária na era digital.
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
A adoção de moeda estável na Europa está em ascensão, mas ainda é difícil abalar a dominação do dólar.
Apesar de o volume de transações de moeda estável da União Europeia aumentar de 16% em 2024 para 34% em 2025, 99,8% das transações ainda são dominadas por moeda estável em dólares. Alexander Hoeptner, CEO da emissora de moeda estável em euros AllUnity da Alemanha, alertou que isso pode enfraquecer a posição do euro nas finanças digitais.
Para enfrentar esse desafio, a União Europeia lançou o quadro regulatório MiCA em dezembro de 2024, com o objetivo de promover o desenvolvimento da moeda estável euro, visando estabelecer regras unificadas de capital, resgate e transparência. No entanto, mesmo assim, a quota de mercado da moeda estável euro permanece abaixo de 0,2%. Hoeptner da AllUnity afirmou que a Europa precisa de mais incentivos para impulsionar a adoção da #moeda estável euro.
Do ponto de vista mais profundo, esta questão revela na verdade a vantagem estrutural do dólar no sistema financeiro global. Devido à liquidez do dólar, ao seu uso generalizado e à sua posição dominante a longo prazo, ele se torna naturalmente a moeda preferida para moedas estáveis. Embora a Europa tenha um sistema monetário forte e um quadro regulatório unificado, a falta de uma política monetária única resulta na insuficiência da competitividade das moedas estáveis em euros.
Para enfrentar essa situação, por um lado, o Banco Central Europeu está avançando ativamente com o projeto do euro digital, com previsão de lançamento em 2026; por outro lado, está a incentivar o setor privado a emitir moedas estáveis em euro que suportem contratos inteligentes e funcionalidades DeFi. Hoeptner aponta que essas duas formas de moeda digital podem ter um efeito complementar, melhorando conjuntamente a soberania financeira digital da Europa.
No entanto, as instituições financeiras tradicionais têm uma atitude conservadora em relação à inovação das moedas estáveis, o que pode retardar o ritmo da mudança. Embora bancos como o Banco de Comércio Exterior da França tenham começado a experimentar com moeda estável em euros, o progresso geral tem sido lento. Hoeptner advertiu que, se o setor financeiro tradicional não se adaptar proativamente a essa mudança, a Europa pode acabar dependendo completamente de soluções externas no campo das finanças digitais.
Olhando para o futuro, a Europa pretende promover a adoção abrangente da moeda estável euro, mas primeiro deve garantir a fluida interligação entre o quadro regulatório MiCA e a regulação financeira tradicional, ao mesmo tempo que promove o desenvolvimento colaborativo do euro digital e das moedas estáveis do setor privado, com o objetivo de estabelecer uma sólida parceria público-privada.
Se essas medidas podem efetivamente reduzir a dependência da Europa em relação ao dólar, dependerá da força da execução das políticas e do nível de aceitação do mercado. No atual ambiente geopolítico, esse desafio não diz respeito apenas a interesses econômicos, mas também envolve questões centrais sobre a soberania monetária na era digital.